Teste de estanqueidade: o que é e por que realizar?
- Luciane Carvalho
- 25 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de ago. de 2023

Além da exigência do corpo de bombeiros, o teste de estanqueidade serve para garantir a segurança do gasoduto. Fazê-lo regularmente é a melhor maneira de prevenir incêndios e vazamentos. Este teste faz parte da NBR 15.571.
O responsável pela emissão do laudo de teste de vazamento é o engenheiro mecânico. O relatório deve incluir uma Nota de Responsabilidade Técnica (ART). Desta forma, o profissional assume a responsabilidade pela segurança do sistema de gás. O teste deve ser feito a cada doze meses, pois os aparelhos a gás se deterioram com o tempo, o que pode ocasionar vazamentos.
Por que é importante realizar um teste de estanqueidade?
É importante realizá-lo especialmente no sistema de gás dutoviário. Este sistema é muito eficaz pela economia e funcionalidade que representa. No entanto, representa um risco muito elevado em caso de fuga. Isso porque podem ocorrer pequenos vazamentos imperceptíveis ao olfato humano, durante os quais são gerados resíduos ou, no pior dos casos, acidentes trágicos. Como a explosão que aconteceu no Osasco Plaza Shopping.
O que diz a NBR 15 571?
O objetivo desta norma é criar condições ideais para a implementação de estanqueidade usando técnicas específicas. Eles são usados para detectar possíveis defeitos na tubulação.
A NBR 15571 apresenta alguns tópicos como:
Qualificação pessoal: o procedimento, a realização e a supervisão do teste devem ser realizados por um profissional qualificado.
Qualificação do procedimento: o procedimento deve seguir uma norma específica do produto e o fornecedor deve ter os documentos de qualificação disponíveis.
Requisitos do procedimento de estanqueidade

Preparação e limpeza da superfície: dependendo de alguns requisitos, como finalidade do ensaio, processo de fabricação do componente, sensibilidade requerida, uma ou duas técnicas de preparação da superfície podem ser utilizadas.
Análise de contaminantes: deve-se ficar atento em que tipo de material o ensaio será realizado, devido ao teor de contaminantes que certos materiais apresentam.
Ensaio visual: deve ser feito de acordo ABNT NBR 315, antes do teste de estanqueidade.
Iluminação: o ensaio deve ser realizado com uma iluminação de no mínimo 1 000 lux (luz visível) e no máximo 20 lux (fluorescente).
Limpeza Final: após o ensaio, os materiais utilizados devem ser totalmente removidos e descartados corretamente.
Ensaios de formação de bolhas com pressão positiva:
Materiais: Geralmente, o gás usado neste tipo de ensaio é o ar. Mas, gases inertes podem ser utilizados.
Aparelhagem: A escala do vacuômetro deve estar entre 1,0 kgf/cm² a 0 kgf/cm² (pressão relativa). O vacuômetro deve estar calibrado. A calibração precisa ser feita anualmente.
Procedimento: A execução de ser feita com uma sobreposição mínima de 100 mm. A pressão, no mínimo 0,14 kg/cm² abaixo da pressão atmosférica, com tempo mínimo inspeção de 10 s.
Ensaios de formação de bolhas com pressão negativa:
Materiais: São os mesmos utilizados no ensaio de formação de bolhas com pressão positiva
Aparelhagem: A escala do vacuômetro deve estar entre – 1,0 kgf/cm² a 0 kgf/cm² (pressão relativa). O vacuômetro deve estar calibrado. A calibração precisa ser feita anualmente.
Procedimento: A execução de ser feita com uma sobreposição mínima de 100 mm. A pressão, no mínimo 0,14 kg/cm² abaixo da pressão atmosférica, com tempo mínimo inspeção de 10 s.
Ensaio de capilaridade:
Materiais: O líquido usado neste ensaio deve ter alto efeito de capilaridade. Pode ser usado a mistura de líquido penetrante colorida ou florescente (óleo diesel ou querosene). Recomenda-se um tempo mínimo de penetração de 24 horas.
Procedimento: Deve ser evitado preparações que possam obstruir as descontinuidades da superfície. Durante o ensaio, a temperatura deve ser acima dos 10 °C, não ultrapassando os 52 °C.
Relatório do ensaio:
Os resultados devem ser registrados em um sistema que permita a identificação e a rastreabilidade do local ensaiado. Além disso, deve conter: nome do emitente, identificação numérica do relatório, identificação da peça, número e revisão, manômetro utilizado, pressão de ensaio, registro dos defeitos detectados, normas e valores para interpretação, resultado positivo ou negativo do ensaio, datas, assinatura do inspetor responsável, técnica utilizada e consumíveis utilizados.
Por fim, há uma instrução normativa do corpo de bombeiros referente à instalação de gás combustível. Leia a atente-se aos procedimentos corretos, para evitar possíveis vazamentos.
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